20 julho, 2010

de visita?

Não sei ainda se te vou ressuscitar.
Sacudo ainda, às vezes com dificuldade, aquilo que não me faz falta mas se teima em agarrar aos meus sentidos, ao meu ego que se apruma nos passes de mágico para me calar a alma.
Que, esperta, desperta, aos poucos.
Não sei ainda para onde vou, este caminho, que afinal me está impresso nas veias desde sempre, desconheço. Mas para lá vou, como Capuchinho que cuidadosa e corajosamente resolve visitar a avó.
Tenho mais que fazer, sim, tenho muito a fazer e ainda não sei como o fazer. Vou aprendendo sem saber, sem dar conta. Ou relembrando, como alguém me disse.
Hoje, não me apeteceu ficar calada e surda.
Amanhã não sei.
Não sei ainda se te vou ressuscitar, "de luz e de sombra".

16 abril, 2010

chega!

Tenho uma vontade doida de rasgar tudo e... fugir!!!

06 abril, 2010

Questions


É possível ser-se demasiado independente no amor?

Guardar o seu espaço é erguer uma barreira para o outro?

É legítimo desamarrar os sonhos que se guardaram como tesouros no peito para que um amor nascente não morra? É amor pedirem-nos que o façamos?

O amor é altruísta ou egoísta?

23 março, 2010

gritos na noite


Apetece-me gritar, em voz muda estancada perante o teu rosto imóvel. Tenho de gritar-te para que repares em mim. Para que me vejas, me notes, me destaques. Porque não quero ser sombra por entre os demais, não quero ser um banco de jardim vazio na travessia, uma mala esquecida que se deixa para trás numa qualquer estação desta vida.


Queria ter cor. Queria mesmo ser luz.

Queria ter som, ter corpo, ser alguém. Ser A. Aquela. A que te povoa os sonhos, te prova os lábios de manhã, te consome o corpo de noite. Te encaixa, te pertence, te dá, te recebe. Te embala suavemente no peito, te faz amor devagar, nos lençóis da tua cama.


Eu queria.... e desejo-o, como um suspiro no coração, enquanto me diluo na noite escura e tu passas por mim sem me sentir o perfume, perdido que estás por entre a multidão de rostos que para ti fala...