10 agosto, 2009

são de veludo as palavras daquele que finge que ama


São de veludo, como a textura quente e confortável na pele.
São de maciez insuspeita, são de aconchego ao coração.


Mas são de papel e um dia, um belo dia, rasgam-se no vento....


Não sou eu que as vou rasgar, não. Mas também não as soprarei, não as enfunarei como velas ao sabor da ventania. Sei apenas que um dia caem os dedos de vidro ao chão e partem-se, e depois pões mais um coração no cordel onde guardas os teus troféus... (não o meu, já não lá consta!).

1 comentário:

Anónimo disse...

As palavras que enganam são como as folhas perenes: vão amarelecendo e caiem, gastas e secas.Olhando para aquilo que pensávamos que nos magoaria sentimos apenas a indiferença que o tempo e o engano empurraram para o lugar do amor.O importante é que nunca sejamos troféus de ninguém, o importante é nunca deixarmos de acreditar que fazemos a diferença. Gostei do teu texto. Bjs.