22 maio, 2009

os sinos que repicam

Foi por acaso.
Um acaso que agora me mata o coração.

E ainda por cima roubaste-me... (o mar está guardado, pertence àquela que nascerá de mim).

Foi por acaso, sim.
Mas matou-me a alegria, o sorriso.
E não quero mais morrer desta morte lenta e estúpida, cheia de lágrimas e com este sabor a desgosto na boca seca.

Damn you! que me andaste a namorar descaradamente a alma, para agora a largares assim, nua e perdida no vento...

Vou fechar os meus olhos para ti, calar na boca as palavras de mel que te guardei, matar no ventre as sementes que sonhei plantadas...

Vou matar-te em mim, de morte anunciada, com os sinos da Igreja a lamentarem tão jovem perecimento...

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