
E é tão eficaz, tão eficiente esse teu sistema de alarme que, de cada vez que tento escapar-te, calçando os ténis e preparando-me para uma maratona de emoções, vens a mim. Ligas-te a mim. Procuras-me. Falas-me. Tentas-me. Sem saberes que, uma vez mais, me frustras a corrida. Me eliminas da pista. Me trais de mim mesma.
Ontem não foi excepção. Uma vez mais decidi que não sou mulher de viver agarrada ao nada, a uma ilusão de um futuro. Sim, sei que me amas. Sim, já mo disseste. Mas também sei que não é a mim que persegues com palavras e sonhos (ou se é não mo dizes).
Mas não é justo, não é justo que me digas que me queres, não é justo que me envolvas com essa voz doce de promessas (que sei serem de uma noite só), não é justo que essa teia me sugue uma vez mais.
Desta vez, consegui resistir. Mas até quando?
Volto a calçar os ténis.
Deixa-me ir, por favor....
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