28 maio, 2009

das janelas escorria o Sol

As janelas do meu sentir vão-se fechando.
As que têm cores, azul e vermelho e verde e laranja e amarelo-limão.
As que tinham o teu nome nas portadas, as que escreveste em areia da praia e bordaste com o sal do mar.
Vão perdendo o gosto e o sabor, vão-se desbotando com a chuva que agora escorre solta das tuas mãos.
Eu não sei mais onde ir buscar-te, eu não posso mais ir-te buscar ao fundo desse arco-íris onde deixei as chinelas e pousei as mãos no chão, para sentir. Para te sentir.

Então deixo-te solto, com as asas nesse imenso céu azul que não sabe guardar-te a alma (pois não te conhece, não te aninha), e daqui debaixo fico a espreitar os teus vôos de aprendiz de pássaro, com a cabeça rasando o chão...

Das janelas escorria o Sol... agora entra o vento frio da madrugada...

1 comentário:

Blogadinha disse...

Enquanto o guardares na memória, estará sempre contigo.

Obrigado pela visita e seguimento!
Bjos